7 de maio de 2010

Das Casas Octogonais de Fowler à Dymaxion House de Fuller: do Panóptico ao Panorama. Migrações, errâncias e continuidades no advento do Moderno.

[Este texto é mais uma variação sobre o tema das Casas Octogonais de Orson Fowler. A riqueza da obra a isso se presta. Assim, em parte se repete o texto fundador publicado em http://resdomus.blogspot.com/2009/07/das-casas-octogonais-de-orson-fowler.html]

O crescente poder da tecnologia sobre a sociedade, em particular sobre a cultura arquitectónica, aconselha uma atenção sobre os seus mecanismos e as formas de controlo e adequação. O texto traça uma breve panorâmica sobre dois breves casos que confrontam o problema da inércia histórica da Arquitectura da Casa com a necessidade de uma inventiva técnica determinante na perseguição de um programa social e político. Os exemplos dados têm em comum o Panóptico, quer cumprindo o seu estatuto de dispositivo político, ou como mera estruturação espacial preferencialmente eleita para suportar a integração tecnológica.
O estudo da forma panóptica associada à arquitectura doméstica permite ilustrar alguns dos problemas que constituíam a teia de valores e fenómenos de onde emergiram alguns dos edifícios paradigmáticos da inovação tecnológica e arquitectónica, nomeadamente, o movimento que viria a transformar-se gradualmente no seu símbolo iconográfico global: o High-Tech.

Panóptico : Controle Visual e Técnico

“Lentamente, no decorrer da época clássica, são construídos esses ‘observatórios’ da multiplicidade humana para as quais a história das ciências guardou tão poucos elogios. Ao lado da grande tecnologia dos óculos, das lentes, dos feixes luminosos, unida à fundação da física e da cosmologia novas, houve as pequenas técnicas das vigilâncias múltiplas e entrecruzadas, dos olhares que devem ver sem ser vistos; uma arte obscura da luz e do visível preparou em surdina um saber novo sobre o homem, através de técnicas para sujeitá-lo e processos para utilizá-lo”.[1]

Foucault coloca a questão do Panóptico de Jeremy Bentham[2] (1748-1832) na sua essência política de dispositivo de controle, presente mas ambíguo, por isso eficaz, que fixa um centro (físico ou virtual) e, portanto, organiza um espaço de natureza concêntrica onde o quotidiano é disciplinado. É uma ferramenta política que arrasta consigo uma inventiva funcional e técnica.
A arquitectura que suportará esses ‘observatórios’ deixa de ter como objectivo o fausto dos ‘grandes palácios’ para se transformar em formas utilitaristas originadas pela precisão de uma máquina criada por um pensamento racionalizante.
Sob a ideologia do panopticismo, a arquitectura colectiva institucional dos hospitais, dos hospícios, das fábricas, das escolas e das prisões, irá originar uma panóplia de soluções construtivas, nomeadamente de mecanismos de controle ambiental que posteriormente serão transferidos para outras tipologias. Para além dos indícios modernistas sobre o critério do plan livre, está já agendada no livro de Bentham, The Panopticon Writings, a estreita relação entre forma arquitectónica e os sistemas de ventilação e aquecimento. Vejamos a extensa mas justificada citação retirada da Carta II:
“For these partitions the thinnest materials might serve; and they might be made removeable at pleasure; their height, sufficient to prevent the prisoners seeing over them from the cells. Doors to these partitions, if left open at any time, might produce the thorough light. [...] a small tin tube might reach from each cell to the inspector's lodge, passing across the area, and so in at the side of the correspondent window of the lodge. [...] The most economical, and perhaps the most convenient, way of warming the cells and area, would be by flues surrounding it, upon the principle of those in hot-houses. [...] The flues, however, and the fire-places belonging to them, instead of being on the outside, as in hot-houses, should be in the inside. By this means, there would be less waste of heat, and the current of air that would rush in on all sides through the cells, to supply the draught made by the fires, would answer so far the purpose of ventilation.”[3]
Ao Panóptico faz Bentham corresponder não só o controle visual, mas também, o térmico, o de ventilação e o de luminosidade. Realça-se que, independentemente do programa funcional que albergue, a forma panóptica sintetizará na sua racionalidade e no seu utilitarismo algumas das mais importantes inovações técnicas da sociedade industrial. Como se procurará verificar, permanece no Panóptico, não só um ideal político e social, qual seja a sua natureza e objectivo, como também uma aspiração a ser um artefacto portador de inovações técnicas entrosadas na inventiva da forma. A partir do Iluminismo verifica-se ser uma prática estranha à Arquitectura Clássica associar a optimização dos circuitos, quer sejam distributivos, infra-estruturais, ou mesmo estruturais, ao núcleo das formas de planta central. O Panóptico inaugura, pelo menos em larga escala, essa forma de organização funcional e técnica do espaço.
Apesar da sua génese na Arquitectura Institucional, encontramos também o Panóptico aplicado à Arquitectura da Casa. A nossa proposta é, no âmbito da inventiva técnica e da forma, trazer á luz uma Arquitectura anónima mas determinante na constituição do programa estético e político contemporâneo.
Nesse contexto, o trabalho propõe a análise das Casas Octogonais do americano Orson Fowler (1809-87), remetendo-a depois para a leitura do projecto da Dymaxion House que o transcendentalista e cientista Buckminster Fuller (1895-1983) concebeu em 1927.

Caso I

A obra que Fowler escreve e publica em 1848, A Home for All or a New, Cheap, Convenient, and superior Mode of Building (título significativamente alterado na reedição de 1853: A Home for All or The Gravel Wall and Octagon Mode of Building New, Cheap, Convenient, Superior and Adapted to Rich and Poor), constituiu um manual de construção, prático, cuja influência e popularidade foi atestada pelas inúmeras reedições ocorridas durante a segunda metade do século XIX e que resultaram num legado singular de casas de matriz octogonal, ainda hoje visível sobretudo na zona Este dos Estados Unidos.
O pensamento utilitarista e positivista de Fowler, produz uma Arquitectura da Casa paradigmática da metamorfose que a forma tradicional do doméstico irá sofrer na transição do século XIX para o XX. À luz das mudanças sobre o papel da mulher e da liberdade sexual, do significado de família e da importância da higiene física e mental dos indivíduos, a ‘razão frenológica’ de Fowler, construirá uma arquitectura tecnicamente evoluída, funcionalmente inovadora, precursora de algumas preocupações do programa político Moderno.
Fowler foi o mais importante divulgador e praticante transatlântico da Frenologia[4]: ‘pseudo-ciência’ precursora da Psicologia e da Neurologia modernas. Idealista e homem de acção, o seu percurso, centrado na ‘razão frenológica’, abordou de forma eloquente alguns dos problemas sociais da sociedade industrial e, particularmente, os temas furtivos à conformidade vitoriana: a emancipação da mulher, a educação sexual, a relação conjugal no casamento, a organização familiar e, consequentemente, o espaço doméstico.
A capacidade do homem para edificar, por ser uma necessidade primária, é uma qualidade latente; a revelação em particular do seu “Inhabitiveness” e do seu “Constructiveness”[5] – Saber Habitar e Saber Construir – confere a apetência especial para projectar a própria casa. Foi nesta condição que Fowler desenvolveu o seu pensamento sobre a ‘arquitectura da casa’, tendo como base a forma panótica. O ‘poder do centro’ como valor espacial e desígnio do novo estatuto das relações familiares será transposto por Orson Fowler para a Casa Octogonal. O centro é o ponto onde está o poder técnico e funcional: é o espaço de distribuição, de iluminação, fundamental quer do ponto de vista da estrutura como da gestão das infra-estruturas; mas também é o “corredor vertical” onde convergem todos os movimentos domésticos.
O sucesso da Casa Octogonal deve-se à hibridez de um discurso que, oscilando entre o científico e o empírico, explicita uma racionalidade analítica e operativa, capaz de ser ilustrada em confronto com a realidade quotidiana débil. A exposição simples do problema e a indicação de uma solução normalizada mas adaptativa, confortável mas barata, inovadora mas recorrendo a meios técnicos existentes, para além de provocar uma disseminação inaudita, desencadeou um processo que reconheceu na proposta de Fowler um ‘suporte’, ou seja, utilizando a definição do holandês John Habraken (1928), aquilo que é estrutural, imutável e colectivo.
Fowler transforma o plano octogonal num verdadeiro aparelho ordenador de um ideal doutrinário cuja rede de elementos se alastrava às mais diversas acções do homem. Essa diversidade que a Casa octogonal irá mecanizar e colocar em prática é a que Fowler, induzido pela Frenologia, fixa nos seus livros e que é está explicitamente definida nos títulos que adopta: “Phrenology and Physiology aplied to de selection of suittable companions for life, including the analysis of the domestic faculties; and also directions to the married for living affectionately and happily together”[6]; ou, “Human Science: or Phrenology; its principles, proofs, teachings, philosophies, etc, etc, as aplied to Health, its value, laws, functions, organs, means, presevation, restoration, etc. : Mental Philosiphy, human and self improvement, civilization, home, country, commerce rights, duties, ethics, etc. : God, His existence, attributes, laws, worship, natural theology, etc.: Immortality, its evidences, conditions, relations to time, rewards, punishments, sin, faith, prayer, etc. : Intelllect, memory, juvenile and self education, literature, mental discipline, the senses, sciencies, arts, avocations, a perfect life, etc, etc, etc.” [7]

Caso II

Depois da Primeira Guerra Mundial, Buckminster Fuller vê na tecnologia desenvolvida pela máquina de guerra americana, uma oportunidade de negócio. Essa possibilidade, a conjectura económico-política e a sua multifacetada capacidade de actuação, originarão um programa de intervenção alargado, designado pelo próprio Fuller de Dynamic Maximum Tension Project – Dymaxion.
Apesar da popularidade do projecto estar particularmente associada ao ‘concept car’ Dymaxion Car, exposto na reedição da Exposição Universal de Chicago de 1934, o processo tinha sido iniciado em 1927 com a divulgação da casa futurista Dymaxion House. O ‘sonho americano’ que o modelo da casa veicula assentará no slogan da habitação confortável de baixo-custo, funcional, energeticamente eficiente. Para além da experimentação dos materiais que se tinham desenvolvido no âmbito da tecnologia de guerra, a proposta de Fuller integra no projecto métodos científicos analíticos para a decisão das soluções construtivas ancorados na nova ordem construtiva da standartização e da produção em massa.
Este suporte será o escolhido para ilustrar uma sociedade ideal igualitária de matriz tecnocrática. A mediação que Fuller procurava entre o mundo artificial e o natural estava confiada ao progresso tecnológico, onde a Arquitectura emergia como um mero instrumento. Nesse sentido, a única intencionalidade formal representada na Dymaxion House é a transmitida pela volumetria inequivocamente nascida da lógica tecnológica, a qual optimizará os critérios económicos e os relacionados com a técnica produtiva, com o conforto e com a transportabilidade.
A solução de planta central hexagonal permite aglutinar à volta do núcleo o acesso e os serviços. Aí, encontra-mos um conjunto homogéneo que distribui calor, água, luz, música, limpeza, alimentação, ventilação ao espaço que o rodeia.
Tal como acontecia com a planta octogonal de Fowler, identifica-se uma tendência para o panóptico da forma no sentido de libertar a sua periferia para capturar em panorâmica o infinito visual que transparecem nos grandes envidraçados e, eleger o núcleo como espaço de acesso e de controle estrutural e infra-estrutural.
A casa que Fuller concebe dá-nos toda a informação sobre as oportunidades que o conhecimento tecnológico no período entre Guerras facultava à constituição de uma nova arquitectura. No entanto, seria George Frederick Keck (1895-1980) que concretizaria essas possibilidades quando em 1933 constrói para a A Century of Progress International Exposition de Chicago a Tomorrow House. A similitude entre os dois trabalhos deve-se provavelmente a vínculos profissionais que a sedução tecnológica sedimentaria. É um facto que a proposta de Keck tem como referencial conceptual não só o projecto da Dymaxion House como a casa ideal defendida por Orson fowler no livro A Home for All : uma dessas casas era conhecida do arquitecto americano que a estudara aprofundadamente durante os anos da sua formação académica. Essa será uma das razões porque o radicalismo funcional e técnico patente na Tomorrow House se repete num contentor semelhante ao que Fowler havia utilizado cinquenta anos.
Estas casas de entre Guerras estão na génese do fenómeno High-Tech e ilustram bem a contaminação da racionalidade tecnológica sofrida pela cultura construtiva. Ou seja, uma propensão em incluir determinantemente o factor tecnológico na concepção e na construção da forma arquitectónica. Com estas casas parece ter-se chegado a um grau máximo da intromissão do conhecimento e poder técnico-científico na linguagem da Arquitectura.

Conclusão

Referindo-se aos anos oitenta do século XX, Alberto Pérez-Gómez destaca a crise arquitectónica aberta com as dúvidas sobre o significado do Moderno, aconselhando o cruzamento da análise histórica com o nascimento da Ciência Moderna:

“The beginning of our architectural crisis does not date back a few years to ‘end of avant-gard’, or even to the inception of panopticism and the industrial revolution, or the demise of the Beaux Arts in the early twentieth century. Rather, it must be seen in parallel with the beginning of modern science itself and its impact on architectural discourse.”[8]

Paralelo à investigação científica enclausurada nas paredes do laboratório, à Grande Arquitectura fechada na ortodoxia das ordens clássicas, desenvolveu-se uma Arquitectura heterogénea e eclética contaminada pela acção política, moral e tecnológica.
A distância entre a obra do amador-arquitecto, representado por Fowler, e a cientifico-arquitecto, entrepreneur, simbolizado por Fuller, marca uma sequência onde é reconhecível algumas alterações que o conhecimento e a produção da arquitectura sofrem com a gradual ascensão e consolidação da prática científica. Essa passagem para um artefacto mais controlado pelo poder científico e, indirectamente, pelo poder político que encontra nele a sua razão de actuação, descobre no Panorama o novo estádio do Panóptico.
Os dispositivos ópticos de escala arquitectónica parecem marcar o final do século XVIII. Nos primeiros três anos da década de noventa Jeremy Bentham inventa o Panopticon e o industrial Robert Barker constrói o Panorama[9]. Durante o século XIX, o sucesso do Panorama, simbolizará não só um verdadeiro êxito da síntese entre arte, ciência e tecnologia, como proclamará uma liberdade do olhar cuja ilusão resulta de uma instrumentalização pura de controle.
A posição central do vigilante que controla é também, desde o início, a zona privilegiada para se introduzir os sistemas de controle ambiental e mecanização; esse espaço passará paulatinamente a ser ocupado pela tecnologia de um poder exterior que não deixa de controlar.
Falar do Panorama aplicado à Arquitectura Moderna da Casa, que encontra na proposta de Fuller eco, equivale a mudar de referencial paradigmático porque propõe a quem habita, a experiência de fluir num espaço sem limites e de complementar essa paisagem que se vê por trás dos grandes envidraçados com uma rede de informações e serviços que não controla.
Aplicado à materialização do objecto arquitectónico, o conceito de técnica refere-se a uma quantidade de meios heterogéneos combinados de forma particular para objectivar, num espaço e num tempo precisos, uma forma singular. A tecnologia, por oposição, remete essa acção produtiva para processos mais controlados e uniformizados; para uma possibilidade de instrumentalização do conhecimento.
Nos dois casos apresentados, o tecnológico imiscui-se com o técnico, albergando tanto uma visão hierarquicamente ordenada do mundo como um pragmatismo que comporta muitas vezes desvios indeterminados. A passagem do Panóptico ao Panorama equivale a comparar um organismo controlado sobre si mesmo, com outro transparente, aberto, superiormente controlado através da insinuação de um poder que busca legitimação no tecnológico enquanto mito de progresso social.


[1] FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987 [1ªed. 1975], p.144
[2] O termo utilizado deriva da obra do filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham. A definição espacial está particularmente caracterizada Na “Letter VI. Advantages of the Plan”, diz. “The building is circular. The apartments of the prisoners occupy the circumference. You may call them, if you please, the cells. These cells are divided from one another, and the prisoners by that means secluded from all communication with each other, by partitions in the form of radii issuing from the circumference towards the centre, and extending as many feet as shall be thought necessary to form the largest dimension of the cell”. BENTHAM, Jeremy, The Panopticon Writings. London: Ed. Miran Bozovic, 1995 [1789]. Este tipo será também proposto para Casas de Correcção, Hospitais, Manicómios, Escolas e Fábricas.
[3] “Letter II. Plan for a Penitentiary Inpection-House”, in BENTHAM, Jeremy, The Panopticon Writings. London: Ed. Miran Bozovic, 1995 [1789]
[4] Durante o séc. XIX, a Frenologia – conhecimento e tipificação comportamental do individuo através da leitura ‘topográfica’ do crânio - como forma de introspecção psicológica e crescimento pessoal, adquiriu um reconhecimento social que só se viria a desvanecer com o aparecimento da Psicologia e da Neurologia, já no século XX. Dos ilustres pacientes de Fowler conta-se Samuel Langhorne Clemens (1835-1910) – pseudónimo Mark Twain – e o escritor Walt Whitman (1819-92). Whitman incluiria na sua obra alguns dos temas tratados na Frenologia; por sua vez, Fowler publicaria alguns dos textos de Whitman, nomeadamente, no American Phrenological Journal.
[5] “Inhabitiveness” e “Constructiveness” fazem parte das faculdades da mente relacionáveis com certas zonas do cérebro: “Inhabitiveness” corresponde à “Species I – Domestick Propensities” enquanto a “Constructiveness” integra a “Species II – semi-intelectual Sentiments” que faz parte do “Genius II – Human, Moral, and Religious sentiments”, ambas incluídas na Ordem I (Faculdades afectivas e Sentimentos). Em, FOWLER, O. S., Fowler’s Practical Phrenoloy. New York: Fowlers and Wells, 1840, p.45-50.
[6] FOWLER, Orson S., Phrenology and Physiology aplied to de selection of suittable companions for life. Philadelphia: O.S. Fowler, 1841
[7] FOWLER, Orson S., Human Science: or Phrenology. Philadelphia: The National Publising CO., 1873. (Esta publicação resume em 1211 páginas parte da obra escrita de Fowler).
[8] PÉREZ-GÓMEZ, Alberto, Architecture and The Crisis of The Modern Science, The MIT Press, Cambridge, 1983, p.339
[9] O Panorama é um aparelho de ilusão óptica. É uma Arquitectura, normalmente, de planta central que forma um tambor; contém no seu interior uma torre central de observação, à qual o público acede, e um cenário realista com efeitos de ilusão de perspectiva aplicado no tambor. A torre mecanizada gira sobre o tambor criando no observador a ilusão que roda 360 graus sobre a paisagem. Antes do aparecimento do cinema este mecanismo gozou de grande sucesso durante o século XIX.

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